sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nelson Mandela - Madiba até um dia destes !



Esta imagem é do homem que apenas fisicamente nos deixou esta noite, dia 5 de Dezembro de 2013, Nelson Mandela. Mas cujo legado é gigantesco em termos de humanidade, capacidade de perdão, sentido de liderança e visão.

Em tempos que parecem ter esquecido os valores e as referências maiores a que um ser humano pode aspirar, eis que nos deixa uma imagem de humildade, de liderança visionária para o seu país, aliada a uma herança de luta pela justiça e pela igualdade de seres humanos sem distinção da cor da pele, no fundo pela crença profunda nos valores em que acreditava e pelos quais tanto lutou e que lhe valeram 27 anos de cárcere.

Acima de tudo, ele teve a grande sabedoria e capacidade de unir o seu povo e de o dirigir por caminhos de pacificação, por ter noção do capital de queixa e ódio que o seu povo sul-africano sofreu com o apartheid naquele país. 

Nelson Mandela não teve uma vida familiar fácil, para além de todo o seu percurso de luta política e do longo tempo na cadeia. Mas sempre pôs as suas convicções acima de interesses pessoais. É algo que faz pensar qualquer um, pela grandeza de carácter que revela.

O Prémio Nobel da Paz que lhe foi atribuído não foi mais do que consequência natural da sua forma de estar pessoal, política, personificação de rara capacidade de liderança pela sua capacidade de perdão quando o mais normal e legítimo seria a vingança sobre os que oprimiam todo um povo pela diferença da cor da pele e sua suposta inferioridade.

Muito gostaria que amanhã todo o professor comece a sua aula falando aos alunos de quem foi este Homem, Nelson Mandela. Os seus valores e a sua grandeza pessoal, moral e política, capacidade de liderança, atenção às pessoas e disponibilidade para os outros devem ser dados a conhecer a todos os jovens. Que conheçam a sua vida, o seu percurso, a sua luta por aquilo em que acreditava e tudo o que passou em consequência disso.

O seu sorriso cativante falava por si. A sua figura imponente e a sua cordialidade e tolerância criavam uma rara empatia com quem se lhe atravessava no caminho, dizem muitos testemunhos.

Fica-nos uma das maiores heranças de defesa de grandes valores para toda a humanidade, de sempre. Um dos maiores exemplos de todos os tempos de generosidade e capacidade de perdão, que fez toda a diferença na transição pacífica da África do Sul, pós Apartheid. 

OBRIGADO MADIBA POR TUDO QUANTO NOS DEIXA.

Descanse em Paz, que nunca nos esqueceremos do que nos deixou e pelo que estaremos sempre gratos.

Nuno Rodrigues

domingo, 8 de setembro de 2013

Educação Financeira: A primeira Semanada da nossa filha mais velha


Neste último dia 1 de Setembro de 2013 começámos a confiar à Madalena, a nossa filha mais velha, uma pequena quantia semanal, para que ela tome as suas decisões de uso do dinheiro.

Explicámos-lhe que o dinheiro pode ter três aplicações: gastar no que ela quiser até àquele montante (gomas, chupas, gelados, etc.), guardar/poupar para comprar algo de maior valor que ela escolha como seu objectivo, nem que demorasse um pouco a juntar e, por último, entregar um pouco a ajudar alguém, como ajudar alguma criança que entre num café a pedir para comer, ou outro que ela queira.

Explicámos-lhe que as despesas habituais das necessidades dela, naturalmente, continuavam a ser responsabilidade nossa.

Informámo-la que o comportamento dela poderá ter influência na semanada pela positiva ou pela negativa (prémios ou penalizações), dado que tem havido oscilações nesta área. No entanto, decidimos em privado que só o faríamos em último caso. Não é esse o nosso objectivo principal.

Para dar mais ênfase ao momento, fizemos isto num dia que calhou ser Domingo e fotografámos a situação para a tornar mais importante. Na foto, aparece a carteira do Pai em cima da mesa e o conjunto de moedas que perfaz o montante em causa, ou seja, a quantia foi-lhe entregue dessa forma.

A Madalena ficou muito contente com este passo e deu-nos uma grande alegria ver-lhe o brilho nos olhos.

A nossa filha tem nove anos e dentro de dias vai começar o 5º ano. Vai mudar de escola, deixando de ter a irmã, 22 meses mais nova, por companheira de dia-a-dia. Vai conhecer outros ambientes e colegas e enfrentar novas responsabilidades, reencontrar amigos e conhecer outros. Vai passar a ter de carregar o cartão para almoçar na escola.

Tivemos o cuidado e a preocupação de preparar o melhor possível esta transição. Fomos à escola com ela e mostrámos-lhe tudo o que estava disponível para ver: a sala de aula, nesta escola a sala é a mesma mudam os professores de sala consoante muda a disciplina, os recreios e reviu o Director, já dela e nosso conhecido.

Estamos confiantes de que este passo lhe mostrará o quanto gostamos dela e por isso também o muito que confiamos nela. O caminho faz-se caminhando, por isso veremos qual vai ser a evolução.



Nuno e Helena
Pais da Madalena
(e da Catarina)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Crise, e agora ? Chorar ou vender lenços ...



A todos os amigos e aos outros,

Perante a crise ficar a chorar sobre o leite derramado não nos adianta nada. Só contribui para a depressão invididual e colectiva.
Depois de ouvir um certo Miguel a falar sobre a crise, achei a sua expressão de como enfrentar a crise muito feliz: "ficar a chorar ou estar na rua a vender lenços". Dou-lhe aqui os meus parabéns e presto-lhe aqui a minha homenagem porque considero esta forma de estar muito interessante.
De resto, todos nós temos momentos na vida mais fáceis e agradáveis e outros menos fáceis. Então a diferença, perante a mesma realidade, perante o copo que está a meio, é vê-lo meio cheio ou meio vazio. Para mim, o copo está sempre meio cheio. Parecendo um jogo de palavras, a diferença revela uma forma de estar na vida. Optimista ou pessimista. De quem consegue tirar sempre algo de positivo mesmo da realidade mais difícil. Há sempre qualquer coisa com que se possa aprender ou que tenha sido positivo.
Claro que se percebe que quem promove insistentemente as desgraças e só divulga noticias desagradáveis, tem algo a ganhar com isso, porque as más notícias também vendem.
Curiosamente, e por outro lado, as boas notícias também começam a vender, ou seja, há gente interessada em boas notícias, noticias de optimismo, há quem as procure ou vá atrás delas. Estas também atraiem atenção. Crescentemente, este fenómeno acontece.
Se cada um de nós fizer o que estiver ao seu alcance para ser positivo ou ver algo assim no seu dia-a-dia, as coisas podiam ser um pouco diferentes e este mundo melhor.
Pela minha parte vou continuar.

Nuno Rodrigues

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Emissão de Dívida esta semana: erro crasso...


Emissão de Dívida esta semana: erro crasso...


Não percebo como foi possível proceder a uma emissão de dívida soberana portuguesa esta semana, com o clima de incerteza política que se vive.
Claro, o resultado está aí com os juros pagos muito superiores ao que gostariamos e que vamos todos ter de pagar.
Se as necessidades de financiamento do país estão asseguradas por uns quantos meses mais, por que motivo houve emissão de dívida esta semana ? Se é conhecido que deverá haver novidades sobre o acordo político ou não acordo de PS, PSD e CDS, não se poderia ter esperado pela próxima semana ?
A gestão das condições de financiamento deve ser feita atendendo às variáveis relevantes desde logo com influência no preço do mesmo. Pelo que não consigo compreender de quem foi a iniciativa ou a autorização para uma emissão de dívida nestas condições.  Qualquer colega Economista ou Gestor concordará com esta perspectiva de que, de todo, esta semana não seria oportuna para emitir dívida.
Fica a sensação de haver pouco respeito pelo dinheiro do contribuinte, que é de todos e não de ninguém. Mas também não é do Governo, apesar de ser quem o gere. Depois todos pagamos a factura.
Para quem tem responsabilidades no financiamento de uma empresa ou uma instituição ou uma familia, uma decisão deste género e a irresponsabilidade que ela representa leva a pensar que competência tem quem a toma.
Afinal, quando aprendemos a escolher as pessoas para nos governar ?

Nuno Rodrigues
Quadro Empresarial